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sábado, 26 de março de 2011

O Mito do Livre Arbítrio

Meus queridos amigos e irmãos que acompanham este blog, não podia deixar de colocar este artigo do Pastor Water Chantry sobre Livre Arbítrio. É necessário que se conheça a Palavra de Deus, pois só ela é capaz de mudar, através da Ação do Espírito Santo, as nossas vidas. A Deus sempre a glória e o domínio. Leiam e se deleitem no conhecimento da Palavra de Deus.

Walter Chantry, nascido em 1938, foi pastor da Grace Baptist Church em Carlisle, PA, EUA por 39 anos, até o ano de 2002. Chantry recebeu seu Mdiv pelo seminário teológico Westminster, PA, foi editor da revista “The Banner of Truth” e é escritor e preletor em conferências teológicas.

A maioria das pessoas diz que crê no “livre-arbítrio”. Você tem alguma idéia do que isso significa? Acredito que você achará grande quantidade de superstição sobre este assunto. A vontade é louvada como o grande poder da alma humana, que é completamente livre para dirigir nossa vida. Mas, do que ela é livre? E qual é o seu poder?
O mito da liberdade circunstancial

Ninguém nega que o homem tem vontade – ou seja, a capacidade de escolher o que ele quer dizer, fazer e pensar. Mas, você já refletiu sobre a profunda fraqueza de sua vontade? Embora você tenha a habilidade de fazer uma decisão, você não tem o poder de realizar seu propósito. A vontade pode planejar um curso de ação, mas não tem nenhum poder de executar sua intenção.

Os irmãos de José o odiavam. Venderam-no para ser um escravo. Mas Deus usou as ações deles para torná-lo governador sobre eles. Escolheram seu curso de ação para fazer mal a José. Mas, em seu poder, Deus dirigiu os acontecimentos para o bem de José. Ele disse: “Vós, na verdade, intentastes o mal contra mim; porém Deus o tornou em bem” (Gn 50.20).

E quantas de nossas decisões são terrivelmente frustradas? Você pode escolher ser um milionário, mas a providência de Deus talvez o impedirá. Você pode decidir ser um erudito, mas a saúde ruim, um lar instável ou a falta de condições financeiras podem frustrar sua vontade. Você escolhe sair de férias, mas, em vez disso, um acidente de automóvel pode enviar-lhe para o hospital.

Por dizer que sua vontade é livre, certamente não estão queremos dizer que isso determina o curso de sua vida. Você não escolheu a doença, a tristeza, a guerra e a pobreza que o têm privado de felicidade. Você não escolheu ter inimigos. Se a vontade do homem é tão poderosa, por que não escolhemos viver sem cessar? Mas você tem de morrer. Os principais fatores que moldam a sua vida não se devem à sua vontade. Você não seleciona sua posição social, sua cor, sua inteligência, etc.

Qualquer reflexão séria sobra a sua própria experiência produzirá esta conclusão: “O coração do homem traça o seu caminho, mas o Senhor lhe dirige os passos” (Pv 16.9). Em vez de exaltar a vontade humana, devemos humildemente louvar o Senhor, cujos propósitos moldam a nossa vida. Como Jeremias confessou: “Eu sei, ó Senhor, que não cabe ao homem determinar o seu caminho, nem ao que caminha o dirigir os seus passos” (Jr 10.23).

Sim, você pode escolher o que quer e pode planejar o que fará, mas a sua vontade não é livre para realizar qualquer coisa contrária aos propósitos de Deus. Você também não tem o poder de alcançar seus objetivos, mas somente aqueles que Deus lhe permite alcançar. Na próxima vez que você tiver tão enamorado de sua própria vontade, lembre a parábola de Jesus sobre o homem rico. O homem rico disse: “Farei isto: destruirei os meus celeiros, reconstruí-los-ei maiores e aí recolherei todo o meu produto e todos os meus bens... Mas Deus lhe disse: Louco, esta noite te pedirão a tua alma” (Lc 12.18-21). Ele era livre para planejar, mas não para realizar. O mesmo acontece com você.
O mito da liberdade ética

A liberdade da vontade é citada como um fator importante em tomar decisões morais. Diz-se que a vontade do homem é livre para escolher entre o bem e o mal. Novamente temos de perguntar: do que ela é livre? E o que a vontade do homem é livre para escolher?

A vontade do homem é o seu poder de escolher entre alternativas. Sua vontade decide realmente suas ações dentre várias opções. Você tem a capacidade de dirigir seus próprios pensamentos, palavras e atos. Suas decisões não são formadas por uma força exterior, e sim dentro de você mesmo. Nenhum homem é compelido a agir em contrário a sua vontade, nem forçado a dizer o que ele não quer dizer. Sua vontade guia suas ações.

Isso não significa que o poder de decidir é livre de todas as influências. Você faz escolhas baseado em seu entendimento, seus sentimentos, nas coisas de que gosta e de que não gosta e em seus apetites. Em outras palavras, a sua vontade não é livre de você mesmo! As suas escolhas são determinadas por seu caráter básico. A vontade não é independente de sua natureza, e sim escrava dela. Suas escolhas não moldam seu caráter, mas seu caráter guia suas escolhas. A vontade é bastante parcial ao que você sabe, sente, ama e deseja. Você sempre escolhe com base em sua disposição, de acordo com a condição de seu coração.

É por essa razão que a sua vontade não é livre para fazer o bem. Sua vontade é serva de seu coração, e seu coração é mau. “Viu o Senhor que a maldade do homem se havia multiplicado na terra e que era continuamente mau todo desígnio do seu coração” (Gn 6.5). “Não há quem faça o bem, não há nem um sequer” (Rm 3.12). Nenhum poder força o homem a pecar em contrário à sua vontade; os descendentes de Adão são tão maus que sempre escolhem o mal.

Suas decisões são moldadas pelo seu entendimento, e a Bíblia diz sobre todos os homens: “Antes, se tornaram nulos em seus próprios raciocínios, obscurecendo-se-lhes o coração insensato” (Rm 1.21). O homem só pode ser justo quando deseja ter comunhão com Deus, mas “não há quem busque a Deus” (Rm 3.11). Seus desejos anelam pelo pecado, e, por isso, você não pode escolher a Deus. Escolher o bem é contrário à natureza humana. Se você escolher obedecer a Deus, isso será resultado de compulsão externa. Mas você é livre para escolher, e sua escolha está escravizada à sua própria natureza má.

Se carne fresca e salada fossem colocadas diante de um leão faminto, ele escolheria a carne. Isso aconteceria porque a natureza do leão dita a escolha. O mesmo se aplica ao homem. A vontade do homem é livre de força exterior, mas não é livre das inclinações da natureza humana. E essas inclinações são contra Deus. O poder de decisão do homem é livre para escolher o que o coração humano dita; portanto, não há possibilidade de um homem escolher agradar a Deus sem a obra anterior da graça divina.

O que muitas pessoas querem expressar quando usam o termo livre-arbítrio é a idéia de que o home é, por natureza, neutro e, por isso, capaz de escolher o bem ou o mal. Isso não é verdade. A vontade humana e toda a natureza humana é inclinada continuamente para o mal. Jeremias perguntou: “Pode, acaso, o etíope mudar a sua pele ou o leopardo, as suas manchas? Então, poderíeis fazer o bem, estando acostumados a fazer o mal” (Jr 13.23). É impossível. É contrário à natureza. Portanto, os homens necessitam desesperadamente da transformação sobrenatural de sua natureza, pois sua vontade está escravizada a escolher o mal.

Apesar do grande louvor que é dado ao “livre-arbítrio”, temos visto que a vontade do homem não é livre para escolher um curso contrário aos propósitos de Deus, nem é livre para agir em contrário à sua própria natureza moral. A sua vontade não determina os acontecimentos de sua vida, nem as circunstâncias dela. Escolhas éticas não são formadas por uma mente neutra, são sempre ditadas pelo que constitui a sua personalidade.
O mito da liberdade espiritual

No entanto, muitos afirmam que a vontade humana faz a decisão crucial de vida espiritual ou de morte espiritual. Dizem que a vontade é totalmente livre para escolher a vida eterna oferecida em Jesus ou rejeitá-la. Dizem que Deus dará um novo coração a todos que, pelo poder de seu próprio livre-arbítrio, escolherem receber a Jesus Cristo.

Não pode haver dúvida de que receber a Jesus Cristo é um ato da vontade humana. É freqüentemente chamado de “fé”. Mas, como os homens chegam a receber espontaneamente o Senhor? A resposta habitual é: “Pelo poder de seu próprio livre-arbítrio?” Como pode ser isso? Jesus é um Profeta – e receber a Jesus significa crer em tudo que ele diz. Em João 8.41-45, Jesus deixou claro que você é filho de Satanás. Esse pai maligno odeia a verdade e transmitiu, por natureza, essa mesma propensão ao seu coração. Por essa razão, Jesus disse: “Porque eu digo a verdade, não me credes”. Como a vontade humana escolherá crer no que a mente humana odeia e nega?

Além disso, receber a Jesus significa aceitá-lo como Sacerdote – ou seja, utilizar-se dele e depender dele para obter paz com Deus, por meio de seu sacrifício e intercessão. Paulo nos diz que a mente com a qual nascemos é hostil a Deus (Rm 8.7). Como a vontade escapará da influência da natureza humana que foi nascida com uma inimizade violente para com Deus? Seria insensato a vontade escolher a paz quando todo as outras partes do homem clamam por rebelião.

Receber a Jesus também significa recebê-lo como Rei. Significa escolher obedecer seus mandamentos, confessar seu direito de governar e adorá-lo em seu trono. Mas a mente, as emoções e os desejos humanos clamam: “Não queremos que este reine sobre nós” (Lc 19.14). Se todo o meu ser odeia a verdade de Jesus, odeia seu governo e odeia a paz com Deus, como a minha vontade pode ser responsável por receber a Jesus? Como pode um pecador que possui tal natureza ter fé?

Não é a vontade do homem, e sim a graça de Deus, que tem ser louvada por dar a um pecador um novo coração. A menos que Deus mude o coração, crie um novo espírito de paz, veracidade e submissão, a vontade do homem não escolherá receber a Jesus Cristo e a vida eterna nele. Um novo coração tem de ser dado antes que um homem possa escolher, pois a vontade humana está desesperadamente escravizada à natureza má do homem até no que diz respeito à conversão. Jesus disse: “Não te admires de eu te dizer: importa-vos nascer de novo” (Jo 3.7). A menos que você nasça de novo, jamais verá o reino de Deus.

Leia João 1.12-13. Essa passagem diz que aqueles que crêem em Jesus foram nascidos não “da vontade do homem, mas de Deus”. Assim como a sua vontade não é responsável por sua vinda a este mundo, assim também ela não é responsável pelo novo nascimento. É o seu Criador que tem de ser agradecido por sua vida. E, “se alguém está em Cristo, é nova criatura” (2 Co 5.17). Quem escolheu ser criado? Quando Lázaro ressuscitou dos mortos, ele pôde, então, escolher obedecer o chamado de Cristo, mas ele não pôde escolher vir à vida. Por isso, Paulo disse em Efésios 2.5: “Estando nós mortos em nossos delitos, [Deus] nos deu vida juntamente com Cristo, — pela graça sois salvos” (Ef 2.5). A fé é o primeiro ato de uma vontade que foi tornada nova pelo Espírito Santo. Receber a Cristo é um ato do homem, assim como respirar, mas, primeiramente, Deus tem de dar a vida.

Não é surpreendente que Martinho Lutero tenha escrito um livro intitulado A Escravidão da Vontade, que ele considerava um de seus mais importantes tratados. A vontade está presa nas cadeias de uma natureza humana má. Você que exalta, com grande força, o livre-arbítrio está se agarrando a uma raiz de orgulho. O homem, caído no pecado, é totalmente incapaz e desamparado. A vontade do homem não oferece qualquer esperança. Foi a vontade, ao escolher o fruto proibido, que nos colocou em miséria. Somente a poderosa graça de Deus oferece livramento. Entregue-se à misericórdia de Deus para a sua salvação. Peça ao Espírito de Graça que crie um espírito novo em você.

Traduzido por: Wellington Ferreira
Copyright© Walter Chantry
©Editora Fiel
Traduzido do original em inglês: The Myth of Free Will extraído do site: www.the-highway.com/Myth.html

quinta-feira, 24 de março de 2011



Há muito tempo venho dizendo e escrevendo, a nossa teologia é teologia de botiquim. Tenho certeza absoluta que milhares de igrejas por esse Brasil afora não fazem a menor idéia de quem é Deus.
Pessoas sem nenhum conhecimento de Deus estão por ai criando doutrinas, criando discipulos, fazendo uma desgraça teologica na vida de um monte de gente que está sendo enganada e iludida. E tudo isso em nome de Deus.
Ao mesmo tempo que temos pessoas que dizem: "É impossível Deus querer que eu continue nessa vida de desgraça" encontramos pessoas propagando por ai que Deus não está nem um pingo interessado em nós.
Aqui eu clamo às pessoas de boa fé e que são capazes de observar todas as coisas retendo sempre o que é bom, FAÇAMOS alguma coisa.
Não podemos deixar que pensem que o cristianismo é essa farsa que estão pregando por ai. Sejamos verdadeiros Atalaias do Rei.
Sole Deo Gloria

quarta-feira, 23 de março de 2011

Igreja, O Povo Escolhido de DEUS

Este estudo foi baseado no livro de 1 Pedro 1:22 - 2:10

Pedro começou sua primeira carta observando os privilégios espirituais de seus leitores 1:1-12. Baseado nessas bênçãos, ele continuou a exortar estes cristãos 1:13. Seus leitores tinham sido purificados através da obediência à verdade e precisavam amar uns aos outros com amor fervoroso e sincero.

Estes cristãos tinham renascido espiritualmente através da Palavra de Deus, descrita por Pedro como uma semente incorruptível. Normalmente, uma semente plantada apodrecerá quando a planta germinar. A Palavra de Deus, contudo, é viva e permanente, como foi observado por Isaías 40:6-9 que foi citado em 1:24-25. Não somente está vivendo a Palavra de Deus, no sentido de existir para sempre, mas no sentido de produzir vida espiritual naqueles que a obedecem.

À luz do renascimento espiritual e na necessidade de amar um ao outro, somos obrigados a nos afastar daqueles mesmos traços de caráter que são contrários a tal amor 2:1. Ao mesmo tempo, precisamos ter o mesmo desejo ardente do leite puro da palavra que uma criança recém nascida tem do leite de sua mãe 2:2. Como cristãos todos nós já experimentamos a bondade do nosso Salvador.

Contudo, nem todos têm a mesma apreciação por Jesus. Para alguns, Ele é precioso, mas para outros, é uma pedra de tropeço e uma rocha de ofensa 2:7-8. A diferença não está em Jesus. É no coração que está a diferença. Pedro descreve Jesus como uma “pedra viva”, assim fazendo uma ligação com uma profecia de Isaías 28:16 no versículo 6. Mesmo Deus escolhendo Jesus para ser a pedra principal do alicerce de sua casa espiritual, a Igreja, a nação judaica, como um todo, rejeitou Jesus como o Cristo. A rejeição dos homens não anulou a escolha de Deus 2:4.

Pedro continua e descreve os cristãos como “pedras vivas” também. Todos os cristãos, em toda parte, constituem uma casa espiritual, a igreja. O apóstolo então combina outra figura, descrevendo aqueles mesmos cristãos como sacerdotes que oferecem sacrifícios espirituais nesse “templo vivo”, através de Jesus Cristo, nosso sumo sacerdote celestial (veja Hebreus 4:14).

Pedro ainda descreve seus leitores exatamente do mesmo modo que o povo antigo de Deus, a nação de Israel, foi descrito – Êxodo 19:5-6. Sob o novo pacto, a igreja é o povo escolhido de Deus, uma nação santa, propriedade exclusiva de Deus 1:16. É um privilégio pertencer a Deus, liberto do Poder das Trevas, e ter a oportunidade de proclamar Sua majestade aos que estão totalmente desprovidos da Graça Real.

A Deus a glória eternamente!